O título surge de ‘E pluribus unum’ ( Out of many, one ), lema tradicional dos Estados Unidos que representa a construção de uma nação única onde todos são ‘americanos’. Um conceito que promove o apagamento a partir de uma falsa ideia de direitos iguais em um grande país, supostamente, livre.

Nessa exposição, procuro afirmar, justamente, que não somos um dentre muitos, nós somos vários entre muitos e muitos e muitos mais. Apagar essas individualidades é apagar nossas histórias e todos os caminhos que carregamos conosco.
Pensar a latinidade como um processo criado à base das violências do colonialismo e do imperialismo até hoje e a partir daí olhar o continente americano como um grande corpo que é cortado por infinitos caminhos que se entrecruzam das mais diversas formas. Cada território tem suas histórias, suas memórias, suas identidades e suas forças.

Não somos apenas americanos, nem apenas latinos e nem, por exemplo, apenas brasileiros.
 

Nunca somos um só, sempre somos vários.